Você sabia que o craque Bruno Henrique não jogou no Manaus FC em 2013 por R$ 200,00 ?

Bruno Henrique
Bruno Henrique

O 2019 de Bruno Henrique vai às mil maravilhas. Artilheiro do Carioca, rei dos clássicos, herói do jogo de ida das quartas de final na Libertadores contra o Internacional e, como se não bastasse, convocado pela primeira vez à seleção brasileira.

Quem vê só os números atuais, pode até não acreditar, mas nem sempre foi assim.

Há seis anos, o atacante foi descartado pelo Manaus – clube recém-fundado e que disputaria a Série B do Amazonense de 2013 – por causa de R$ 200. A história é curiosa.

O jovem de então 22 anos tinha feito poucos jogos como profissional pelo Uberlândia-MG no módulo II do Mineiro.

Após o fim do torneio, em maio, o Verdão, mesmo sem o acesso, manteve a base para 2014.

Bruno Henrique
Bruno Henrique

Dois jogadores daquele elenco, portanto, foram emprestados ao Gavião do Norte, que foi campeão da divisão de acesso, iniciada quatro meses após o término do módulo II do Mineiro, em setembro. Bruno seria o terceiro reforço, mas o pedido salarial ficou acima do teto.

O Manaus estipulou R$ 1 mil por atleta. A então promessa, segundo a diretoria, cobrou na época R$ 1,2 mil.

– Havia um gerente, o Ângelo (Márcio), que é de Minas e na época dirigia o Uberlândia. Trouxemos alguns jogadores daquela área, e o Bruno Henrique estava nessa relação de jogadores. Na época, tínhamos uma folha salarial que orbitava em torno de R$ 1 mil por cada jogador. Era só a Série B do Amazonense. Ali deixamos de trazer o Bruno Henrique por questão de R$ 200. Ele queria R$ 1,2 mil e nós só podíamos oferecer R$ 1 mil – contou o então presidente e atual presidente de honra do Manaus, Luis Mitoso.

Se recusou sair do teto salarial para contratar um desconhecido Bruno Henrique, por outro lado o Manaus optou, na época, pelo empréstimo de dois reforços mais rodados no futebol brasileiro: o zagueiro Jalnir e o lateral Edvan, ambos do Uberlândia. O clube que se tornaria campeão dois meses depois contou com 27 jogadores e conquistou o título com 100% de aproveitamento.

– Terminou a segunda divisão, no primeiro semestre de 2013, e os jogadores ainda tinham vínculo com o Uberlândia, que disputaria de novo o módulo II do Minero em 2014. O Ângelo emprestou dois jogadores, mas, depois que tínhamos fechado todo o elenco, ele ofereceu o Bruno, que até queria vir. Era novo, não conhecia Manaus. Eu quase tirei a passagem, mas, por ser uma Série B, avaliamos que o time em nossas mãos já era o bastante. Ai preferimos deixar lá. São coisas do futebol – disse o então vice-presidente e atual presidente do clube, Giovanni Alves.

O gerente do Uberlândia citado pelos presidentes do Manaus, Ângelo Márcio, atualmente integra a diretoria do próprio Gavião do Norte. Assim como Welington Fajardo, que se na época era o técnico do Alviverde do Triângulo, este ano levou o clube amazonense ao tricampeonato e vice da Série D. A aliança entre os clubes, portanto, é de outras épocas.

Uberlândia à parte, Bruno Henrique “apareceu” para o futebol nacional, de fato, com a camisa do Goiás, em 2015. Foram sete gols no Brasileirão daquele ano. O time foi rebaixado, mas o atleta foi uma das revelações da competição e acabou se transferindo para o Wolfsburg.

Assim como ele “surgiu” com o Goiás, Bruno Henrique chamou a atenção do clube esmeraldino por conta do desempenho em outro clube goiano: o Itumbiara, para onde seguiu logo após se destacar pelo Uberlândia. Ele ainda passou as últimas duas temporadas no Santos, quando brilhou mais em 2017, até que acertou com o Flamengo no início de 2019.

O Manaus, por outro lado, também decolou desde então. Foi tricampeão amazonense entre 2017 e 2019 e, nesta temporada, obteve o acesso inédito à Série C do Brasileiro, sendo vice-campeão da Série D.

Com informações G1