Vacinação contra Influenza chega às comunidades indígenas

Vacinação indígenas

Comunidades indígenas localizadas às margens do rio Negro receberam nesta quinta-feira, 4/4, as equipes de saúde da SEMSA para serem imunizadas contra a Influenza (vírus H1N1). Mesmo com a meta de vacinar 90% do público-alvo, estabelecida pelo Ministério da Saúde, já ultrapassada na capital, o prefeito Arthur Virgílio Neto determinou que o índice específico de vacinação dos grupos prioritários alcance o percentual desejado.

“Alcançamos a meta em tempo recorde, antes mesmo dos 15 dias que havia estipulado. Esperamos chegar aos 100% e ampliar a imunização para outros grupos que também estão mais expostos ao vírus, como rodoviários, feirantes e trabalhadores da limpeza e infraestrutura”, destacou o prefeito.

Até às 21h da quarta-feira, 3, o percentual geral de vacinação era de 99,14% das 455.083 pessoas do público-alvo. Indígenas e grávidas são os grupos que ainda não bateram a meta – 25,12% e 80,81% – respectivamente. O grupo de crianças já alcançou os 90,53%. Além da imunização em aldeias, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) também está atuando com vacinadores nas maternidades, lembrando que as doses contra a Influenza seguem disponíveis ao público-prioritário nas 183 salas de vacinação do município.

“As equipes ficam até sexta-feira, 5/4, visitando sete comunidades no rio Negro. Vamos continuar esperando as grávidas para vacinar e, somando com os indígenas, fechar essa campanha com chave de ouro”, destacou o secretário da Semsa, Marcelo Magaldi.

Percorrendo a calha do rio negro, as equipes da Semsa têm como meta vacinar 450 indígenas de sete comunidades, sendo elas: Terra Preta, Nova Esperança, Três Unidos, São Tomé, Kuanã, Boa Esperança e Barreirinha.

Com cartão de vacina em mãos, 88 pessoas, de 27 famílias, foram vacinadas na comunidade indígena Três Unidos, localizada a cerca de uma hora e meia de barco de Manaus, na boca do rio Cuieiras. Nesta quinta-feira, a vacina estava sendo esperada pelos moradores, que sabem da importância de se prevenir.

“É a confiança de proteção para o nosso corpo. A equipe da prefeitura trouxe a vacina e mobilizamos a aldeia para que todos se vacinem, pois sabemos que comunidade protegida é comunidade com saúde”, ressaltou o tuxaua Kambeba da comunidade, Valdemir Silva.

Além dos 450 indígenas dessas sete comunidades, outros 170 indígenas da área do Tarumã também já receberam a vacina, totalizando 620 indígenas vacinados. Apesar de toda a crença cultural, as populações mais distantes da capital sabem que precisam estar imunizados contra a Influenza.

“Essas gripes estão muito fortes, eu acalmo com remédio caseiro, mas sabemos que a vacina ajuda bastante a curar essas tosses. Assim que fiquei sabendo da vacina, chamei todas as mulheres e crianças para que eles não perdessem, pois é muito importante esse trabalho da prefeitura, vacinando todo mundo contra a gripe”, relatou a indígena Kambeba, Diamantina Cruz.

A operação da Semsa contra a H1N1 nas comunidades acontece em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

 

Texto: João Pedro Figueiredo / Semcom

Fotos: Altemar Alcântara / Semcom