Setembro Dourado alerta para câncer infantojuvenil

ESPECIAL PUBLICITÁRIO – O câncer em crianças e adolescentes representa de 1% a 3% de todos os casos de câncer diagnosticados, sendo estimado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) a ocorrência de mais de 12 mil novos casos ao ano na faixa etária de zero a 19 anos.

De acordo com a oncologista pediátrica do Hapvida Saúde, Paula Carvalho, o câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de doenças que pode acometer pacientes a partir do nascimento e se caracterizam por uma proliferação desordenada de células e podem acontecer em qualquer parte do organismo.

“A principal diferença entre o câncer infanto-juvenil e o de adulto é que a maioria dos cânceres de adulto é secundário a fatores ambientais, como tabagismo, erros alimentares. Já os cânceres infantis costumam ser causados por alguma alteração genética, que nem sempre é identificada”, explica a pediatra.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), seguidos pelos que atingem o sistema nervoso central e depois os linfomas (sistema linfático).

Também acometem crianças e adolescentes o tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal (neuroblastoma), tumor renal (tumor de Wilms), tumor na retina (retinoblastoma), tumor germinativo (células que originam os ovários e os testículos), tumor ósseo (osteossarcoma) e tumores de partes moles (sarcomas).

Sintomas e tratamento

A médica alerta que atualmente a prevenção consiste no diagnóstico mais precoce possível. Entre os principais sinais e sintomas para se pensar em câncer infanto-juvenil são: febre prolongada sem causa aparente; perda de peso inexplicada; aumento do volume abdominal; dor óssea; sangramentos, hematomas sem relação com trauma; palidez cutânea; dor de cabeça diária acompanhada com vômitos; alteração inexplicada no hábito intestinal; ínguas em locais não usuais.

Além dos sintomas listados acima, a especialista recomenda que o ideal é ter um pediatra de referência e fazer acompanhamento periódico do paciente para se pensar e realizar o diagnóstico o mais precoce possível.

Com o aumento das chances de cura da doença, muitos pacientes com câncer na infância são sobreviventes a longo prazo. De maneira geral, a oncologista afirma que se mantém um controle periódico até, pelo menos, dez anos após o término do tratamento.

“O trabalho coordenado de vários especialistas (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos) também é determinante para o sucesso do tratamento”, pontua a oncologista.