Sebrae orienta empresários sobre operações de crédito em tempos de Covid-19

Sebrae-AM / Sebrae/AM | Foto: Internet
Sebrae-AM | Foto: Internet

Nesse momento conturbado de crise por conta da pandemia do Coronavirus, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) está orientando e capacitando os seus clientes (uma base de 170 mil micros e pequenos empresários no Estado), dos quais mais de 50% é atendida pela instituição.

Com todo o atendimento online, 80 analistas em crédito, gestão, marketing digital, vendas, mais de 120 cursos de formação em empreendedorismo, e uma série de outros serviços focados na defesa e orientação das micro e pequenas empresas, a instituição registra mais de 16 mil atendimentos em menos de um mês.

Para se ter a dimensão do que isso representa basta destacar que a meta inicial de 2020 era atender 22 mil clientes, mas com o atual fluxo de atendimentos:

“entendemos que podemos ampliar ainda mais esta performance durante o período da pandemia e manter o crescimento, logo após o surto passar; em função dos bons resultados que estamos obtendo na orientação dos empresários, nesta crise sem precedentes”, destacou a gerente da Unidade de Atendimento e Relacionamento, Helena Garcia , que tem sob sua responsabilidade uma equipe que responde por mais de 73% do que se gera em entregas no Sebrae Amazonas.

Analista sênior de Crédito do Sebrae, Evanildo Pantoja | Foto: Divulgação

Segundo o economista e analista sênior de Crédito do Sebrae, Evanildo Pantoja, “uma crise econômica deste porte, causada por um vírus, é surpreendente, e lembra o que ocorreu em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova York, mas hoje estamos melhor preparados”.

Ele frisa também que, mesmo com toda a abrangência mundial da crise, diversos órgãos nacionais, dentre eles o Sebrae, na vanguarda, com suas ações junto aos micros pequenos empresários, um nicho da economia responsável por mais de 98% das empresas existentes no país, se destaca pela agilidade do atendimento online.

“É tudo para agora, porque não há tempo a perder. Se as empresas quebrarem em cadeia, a tragédia social com o desemprego vai aumentar. Não podemos permitir que isso aconteça”, salientou Pantoja.

Dicas

Os empresários, neste momento, tem que por em prática os planos de sobrevivência. Nesta direção, as primeiras atitudes a serem tomadas são; pagamento da folha, com negociação com os funcionários (é melhor perder os anéis do que os dedos), as férias coletivas e o trabalho em meio período.

Eles vão superar a crise de falta de capital de giro, diminuição das vendas e manter o emprego dos funcionários, com acordos e não com medidas radicais de corte de pessoal e fechando as portas. Negociar o aluguel, para quem não tem sede propria é essencial, pelo menos nos meses em que vigorar a crise do Coronavirus.

Financiamentos

Com a falta generalizada de capital, os financiamentos são necessários. Nesta hora, os micros e pequenos empresários devem procurar os bancos com as menores taxas de juros do mercado. Hoje, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF), em função das medidas tomadas pelo governo federal para auxiliar os empresários, se destacam com as melhores taxas anuais. A Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), também se apresenta com taxas atrativas, na faixa de 3,5% ao ano. Mas, a Afeam está liberando recursos para ações emergenciais como pagar folha de pagamento, água, luz, aluguel, enfim manutenções básicas do negócio, para enfrentar a crise provocada pelo Coronavirus.

Fampe

O Sebrae, por sua vez, está orientando os micros e pequenos empresários a acessarem ao Fampe (Fundo de Aval às Micros e Pequenas Empresas), que dispõe de R$ 1 bilhão em caixa (alavancados pode chegar a R$ 12 bilhões), que podem ser repassados aos pequenos negócios neste momento de crise, como garantias, via os bancos tradicionais existentes no mercado.

Com informações de Antonio Ximenes