Presidente Jair Bolsonaro inaugura primeira edição da fesPIM

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fesPIM | Fotos: Chico Batata

Com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, ocorreu nesta quarta-feira (27), no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus, a solenidade de abertura da primeira edição da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (I fesPIM).

São 130 stands sustentáveis e expectativa de público de aproximadamente 40 mil visitantes em três dias de duração, a feira – realizada pelo Instituto de Inteligência Socioambiental Estratégica da Amazônia (Piatam), por meio de cooperação técnica com a Suframa – contará com programação diversificada, incluindo palestras com especialistas nacionais e internacionais, exposição e comercialização de produtos e ações de disseminação de projetos e ações sustentáveis, a fim de mostrar a importância estratégica do PIM para o crescimento socioeconômico de todo o País com base em conceitos de sustentabilidade, tecnologia e desenvolvimento.

O discurso inaugural da solenidade foi realizado pelo superintendente da Suframa, Alfredo Menezes, que definiu inicialmente a fesPIM como “novo conceito de defesa do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e de valorização do Polo Industrial de Manaus como indústria verde do País”.

Além de agradecer a presença do presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle Bolsonaro – sinal do “amor do presidente pela Amazônia e pelo Brasil” –, bem como a confiança de todos os patrocinadores e empreendedores que acreditaram e apostaram na realização do evento, ele disse que a feira tem importância estratégica para a região considerando o atual cenário econômico, político e ambiental do Brasil e as perspectivas futuras da ZFM no contexto do desenvolvimento regional.

“Ao longo de três dias, teremos expostos, aqui, os resultados do trabalho de empresas do PIM, associações, órgãos públicos e privados, institutos e demais parceiros que representam parcela significativa dos empreendedores que geram riquezas na região e depositam confiança no governo federal, o qual, representado pela pessoa do presidente Jair Bolsonaro, resgatou a credibilidade institucional da Suframa e transformou a ZFM em um dos melhores ambientes de negócios do País, gerando oportunidades de emprego e renda e, principalmente, de interiorização da economia. A ZFM, atualmente, é mais que um modelo ou política de desenvolvimento regional – é o único modelo constitucional e alternativo de preservação e respeito da Amazônia brasileira”, afirmou Menezes.

Ele também ressaltou avanços alcançados pelo modelo Zona Franca de Manaus nos últimos meses, entre os quais a retomada do crescimento da produção e do faturamento do PIM, o destravamento de Processos Produtivos Básicos, as ações de revitalização viária do Distrito Industrial, em parceria com a Prefeitura de Manaus, os novos investimentos aprovados pelo Conselho de Administração da Suframa (CAS) neste ano e a confirmação pelo governo federal de que o asfaltamento da BR-319 será realizado ao longo dos próximos dois anos.

“Esses resultados são consequência do trabalho duro dos servidores da Suframa e da união de esforços com os mais diversos parceiros, integrados na missão da atração de investimentos e na busca por um futuro melhor para a região amazônica. Ratifico mais uma vez que o modelo ZFM, criado pelos colegas militares no final da década de 1960, e hoje com apelo centrado na tecnologia, inovação e bioeconomia, representa fonte de riqueza para a economia nacional e demonstra que desenvolvimento e progresso econômico podem caminhar lado a lado com a defesa e a proteção da floresta”, complementou.

O presidente do Instituto Piatam, Alexandre Rivas, destacou o estudo “Instrumentos Econômicos para a Proteção da Amazônia – A experiência do Polo Industrial de Manaus”, o qual, com rigor técnico-científico de padrão internacional, demonstrou que “o PIM não apenas cumpriu sua missão desenvolvimentista, mas, além disso, produziu bônus altamente relevante para a sociedade contemporânea, tornando-se, assim, o maior projeto de proteção de florestas tropicais do Planeta, que tem elevada relevância no atual contexto das mudanças climáticas”.

Rivas reforçou, ainda, que o objetivo da I fesPIM não é apenas expor o que é produzido pelo PIM, mas também mostrar que cada empresa instalada na região compreende cada vez mais o seu papel para o desenvolvimento sustentável e, por consequência, para a proteção da Amazônia.

“Esta feira é uma ação de altíssima relevância e não utilizou R$ 1 sequer de dinheiro público. Tudo que está aqui foi patrocinado pelas empresas do PIM, fato muito importante porque mostra um aumento da responsabilidade e consciência coletiva da importância do PIM e dos desafios à frente: a necessidade de mudarmos uma economia fóssil para uma bioeconomia”, acrescentou.

Na sequência, o prefeito de Manaus, Arthur Neto, e o governador do Amazonas, Wilson Lima, fizeram uso da palavra.

Arthur Neto lembrou que esta é a segunda vinda de Bolsonaro a Manaus em aproximadamente quatro meses e disse que o presidente tem sido correto ao dizer que manterá as prerrogativas da Zona Franca de Manaus, mas cobrou também mais investimentos, principalmente, em infraestrutura e capital intelectual na região. Ele também fez questão de elogiar a indicação do superintendente Alfredo Menezes para o cargo e a adoção de critérios técnicos, em detrimento de motivações políticas, para a ocupação de cargos na Suframa.

O governador Wilson Lima, por sua vez, também agradeceu a deferência do presidente Jair Bolsonaro ao Estado do Amazonas em nova visita oficial e disse que a fesPIM é um evento importante porque reforça o conceito de que a Zona Franca de Manaus é fundamental para manter preservados os ativos ambientais.

“Todos os dias mostramos para o Brasil e para o mundo que uma indústria forte no Estado do Amazonas significa um sistema forte de proteção ao meio ambiente, que a relação entre a produção industrial e a proteção das florestas é direta. Mas precisamos também caminhar em outras frentes e estamos fazendo isso”, disse o governador.

Encerrando a solenidade, o presidente da República, Jair Bolsonaro, iniciou seu discurso agradecendo empreendedores e empresários de fora do País que acreditam no Brasil e citando avanços recentes que evidenciam um momento positivo da economia nacional, entre os quais a redução da taxa de juros para 5% – menor patamar da história -, a inflação abaixo da meta e a diminuição do Risco Brasil.

“É a volta da confiança em nosso País, fruto do trabalho de um governo que escolheu 22 ministros por critérios técnicos e, em função disso, vem dando certo, graças a Deus”, afirmou Bolsonaro.

Ele também voltou a criticar a “indústria de demarcação de terras indígenas” e ressaltou aspectos históricos da criação do modelo Zona Franca de Manaus, o qual foi idealizado, segundo o presidente, com a missão de “trazer a região para dentro do Brasil, mostrar que ela é nossa e está dentro dos 8,5 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro.”

Por fim, Bolsonaro voltou a defender a importância dos vastos recursos naturais da Amazônia para o desenvolvimento de todo o País e o papel estratégico exercido pela Zona Franca de Manaus para a preservação ambiental da região.

“A Zona Franca de Manaus é um símbolo, uma garantia de que, enquanto ela existir, a Amazônia é do Brasil. Estamos aqui no pedaço de terra mais rico do mundo em minerais, água potável e biodiversidade. A cobiça existe sobre essa região e devemos nos preocupar com isso”, disse o presidente, citando, ainda, exemplos de países como Japão, Coréia e Israel, que se reconstruíram após guerras ou não dispõem desses recursos naturais, e conseguiram se desenvolver de forma mais acentuada. “Não podemos continuar pobres pisando num solo rico, isso precisa mudar. Olha o que nós temos e o que nós não somos. O que falta? Falta cada um de nós fazer nossa parte. Deus foi generoso demais para conosco. Vamos mudar o destino do Brasil”, finalizou o presidente.

Com informações Diego Queiroz