Perícia vai retomar coleta de perfis genéticos de presos condenados no AM

pericia

Com 1.179 mil amostras, o Banco de Perfis Genéticos do Estado do Amazonas, que funciona no Instituto de Criminalística do Amazonas, está se preparando para retomar a coleta de material genético de presos condenados por estupro, roubo, homicídio, latrocínio e outros crimes hediondos. O tema foi debatido essa semana com a Vara de Execuções Penais e a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP).

Até o momento, o banco já coletou amostras para composição de perfis genéticos de condenados do antigo regime semiaberto e do fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). A medida atende à Lei 12.654/12, que tornou obrigatória a coleta e inserção de perfil genético em banco de dados de todos os condenados por crimes violentos cometidos dolosamente contra a vida ou hediondos.

De acordo com a gerente do Laboratório de Biologia e Genética Forense, Daniela Koshikene, o banco armazena as informações para comparação com material coletado em locais de crime, auxiliando principalmente em casos de crimes violentos, crimes contra vida e a dignidade sexual. O banco possui perfis genéticos de vestígios biológicos deixados pelo autor no local do crime.

Repercussão – Três estupradores já foram identificados a partir das amostras do banco. Em outros doze casos, foi possível reconhecer que um mesmo autor era responsável por outros crimes. Um dos casos de maior repercussão solucionado com a ajuda do banco foi o do maníaco Célio Roberto Rodrigues. Foi com base nas informações do DNA que a polícia conseguiu definir a autoria dele em 60 estupros, 23 deles praticados no Amazonas.

Criado em 2011, o banco utiliza um software chamado Codis, que é o mesmo programa usado em 50 países. O banco armazena todos os perfis genéticos relacionados a crimes, a maioria deles considerados hediondos e tem sua sede nacional situada em Brasília, que concentra os dados genéticos de todos os bancos do país.

 

FOTOS: Erickson Andrade / SSP