Parque Encontro das Águas terá projeto de Niemeyer e a primeira sky glass de Manaus

Parque Encontro das Águas Oscar Niemeyer Sky Glass Manaus
Foto: Altemar Alcântara / Semcom

Distribuído em uma área total de mais de 120 mil metros quadrados, com encostas e grande declividade, a Prefeitura de Manaus alinha os estudos técnicos e complementares para a construção do Parque Encontro das Águas, que tem vista do cartão postal natural onde percorrem os rios Negro e Solimões, zona Leste.

Além dos elementos do projeto original de Oscar Niemeyer, o lugar terá estudos para um heliponto e um sky glass, uma plataforma estaiada de vidro e aço, com uma altura entre 50 metros e 60 metros, com visão panorâmica e um elevador para acesso à faixa de praia.

Em visita técnica nesta quinta-feira, 28/10, o diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), engenheiro Carlos Valente, com o diretor de Planejamento (DPLA), arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro, e o coordenador de projetos, arquiteto e urbanista Leonardo Normando, fizeram anotações para a proposta, com fundamento no projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para o espaço.

“Estamos visualizando as melhores locações para os instrumentos projetados por Niemeyer e, acima de tudo, deixar ainda mais acessível a área de visão cênica dos rios. Isso é o mais importante no estudo para construção e execução para o prefeito David Almeida, de uma obra que é um grande monumento e deve ser entregue provavelmente no primeiro semestre de 2023”, disse Valente.

O arquiteto Niemeyer desenhou uma estrutura em concreto armado, na sua assinatura de reinterpretação de materiais modernos e volumes puros, na relação arte-arquitetura. Para o parque, há o contraste geométrico entre formas arquitetônicas orgânicas – a representação dos rios – com a natureza exuberante.

“Niemeyer projetou um monumento, que vamos conectar ao ecossistema aquático. É uma oca estilizada em concreto armado, com 30 metros de diâmetros e uma lâmina em cima, com cerca de 17 metros de altura, representando os rios Negro e Solimões. A outra parte é um restaurante, também dando curva ao concreto”, disse o diretor-presidente.

São 120 mil metros quadrados, mas grande parte é de proteção permanente por causa da declividade acentuada do terreno, acima de 30 graus, com encostas.

“Teremos gastronomia, lazer, cultura, a contemplação e os espaços conectados. Será um local para rivalizar com a Ponta Negra e um monumento para a capital se orgulhar muito”, ressaltou Valente.