Pandemia da Covid-19 exige atenção redobrada para prevenir a dengue no AM

Covid-19 Hapvida Dengue | Foto: divulgação
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Especial Publicitário – As medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue exige atenção redobrada devido ao cenário de pandemia da Covid-19, já que o risco de uma nova epidemia pode agravar o quadro de transmissão do novo coronavírus.

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, foram notificados, até a primeira quinzena de outubro, 8.258 casos de dengue no Amazonas.

Os municípios do estado que mais apresentaram notificações por dengue são Manaus (1.831 notificações); Guajará (1.040); São Gabriel da Cachoeira (883); Benjamin Constant (656) e Humaitá (582).

De acordo com a médica infectologista Sílvia Fonseca, diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo São Francisco, as medidas de prevenção e de combate ao mosquito transmissor são necessárias para evitar uma epidemia da doença, que possui condições de ocorrer em qualquer localidade.

“O risco de termos uma epidemia de dengue sempre existe no Brasil. Temos quatro sorotipos diferentes de vírus da dengue e temos o mosquito transmissor em todas as cidades brasileiras”, ressalta a infectologista.

Ela afirma que um eventual cenário de epidemia da dengue pode agravar os casos de contaminação da Covid-19, já que facilitaria a transmissão, principalmente, pela aglomeração nos hospitais.

“Se tivermos as duas epidemias juntas (dengue e Covid-19) haverá uma grande aglomeração de pessoas nas emergências, o que pode facilitar, inclusive, a transmissão de Covid-19 para quem lá estiver por causa de dengue”, comenta Sílvia.

A médica infectologista observa ainda que alguns sintomas são similares entre as duas doenças, mas que, diferente da dengue, os casos de desenvolvimento da Covid-19 são acompanhados de sintomas respiratórios.

“Os sintomas são muito parecidos como febre, dor de cabeça, dor no corpo, mas a grande diferença é que a Covid-19 também tem sintomas respiratórios como coriza e tosse, o que não acontece com a dengue. É importante ressaltar que as duas doenças podem progredir para a morte, por isso, a detecção e o tratamento precoce podem ajudar a evitar enfermarias sobrecarregadas e casos graves”, conclui Silvia.

Prevenção

Como prevenção às doenças transmitidas pelo mosquito, basta investigar os locais com água parada. O ideal é que seja realizada essa varredura uma vez por semana, levando apenas 10 minutos.

Portanto, recomenda-se tampar tonéis e caixas d’água; manter calhas sempre limpas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; manter lixeiras bem tampadas; deixar ralos limpos e com aplicação de tela; realizar limpeza semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova ou bucha os potes de água para animais; e retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.