Outubro Rosa: especialista explica como fazer a prevenção ao Câncer de Mama

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Foto: ASCOM

Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, o Outubro Rosa é um mês dedicado à movimentação internacional para conscientização e controle do câncer de mama.

Celebrada anualmente, a data tem como objetivo compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento precoce, contribuindo assim para a redução de casos entre as mulheres.

Com a pandemia de covid-19, várias instituições que atuam no combate ao câncer de mama tiveram que repensar suas campanhas para o Outubro Rosa. Em 2020, a atuação foi realizada praticamente toda no âmbito virtual. Com o avanço da vacinação em massa no país, novas ações puderam ser retomadas em alguns estados e levaram a importância da prevenção contra a doença.

O diretor de oncologia do Sistema Hapvida, Alexandre Gomes, explica que prevenção e diagnóstico precoce precisam andar lado a lado sempre.

“A prevenção do câncer de mama se dá por várias formas. Uma delas é o diagnóstico precoce, mas existem outros fatores de prevenção, sendo: controlar o sobrepeso, optar por comidas saudáveis e, se possível, com um acompanhamento de um nutricionista, evitar comidas enlatadas e processadas. A amamentação também é um fator de proteção ao câncer de mama. A mulher que amamenta tem o menor risco de adquirir a doença. Já o tabagismo associado ao alcoolismo propicia o aumento deste risco em ter câncer de mama. E o diagnóstico precoce, ou seja, fazer os exames já orientados pelo seu médico, ajuda a aumentar as chances de cura da doença em até 90%”.

O médico ainda fala sobre a importância da realização de exames periódicos nas mulheres. “Para mulher sadia e sem histórico familiar de câncer de mama, o correto é começar a fazer a sua mamografia a partir dos 45 anos, anualmente, por 10 anos. Ou seja, dos 45 aos 55 anos, e daí vai depender do seu mastologista”.

O cuidado precisa ser redobrado com aquelas mulheres que apresentem fatores de risco.

“Pacientes que tiveram parentes de primeiro grau com câncer de mama e tenham alguma alteração genética com BRCA1, BRCA2, precisam fazer o acompanhamento um pouco mais cedo. A Sociedade Brasileira de Mastologia orienta os pacientes que tenham esses fatores de risco elevado, que iniciem a sua prevenção a partir dos 35 ou 40 anos com mamografia e ultrassom de mama. Um fato que muita gente pensa que pode elevar a detecção precoce do câncer de mama é o autoexame, já foi provado cientificamente que isso não aumenta detecção do precoce, de qualquer forma é muito bom a mulher conhecer o seu corpo, para que tendo alguma alteração ela procure o seu médico para fazer assim uma mamografia e ultrassom, etc.”, finaliza.

Prevenção e cuidado

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020, em todo o mundo. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.

No Brasil, a estimativa foi de 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Esse tipo de câncer também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no país.

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.