Operação Vertex é deflagrada em Manaus nessa manhã de sexta

Polícia Federal no Amazonas deflagrou na manhã de hoje, dia 19, a operação Vertex, nova fase da operação Maus Caminhos, que investiga a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de capitais e pertinência a organização criminosa.

A investigação foi desmembrada da operação Maus Caminhos pelo Supremo Tribunal Federal(STF), em razão dos indícios detectados de recebimentos de vantagens indevidas por um ex-governador, que por exercer o cargo de senador, poderia ter direito a foro privilegiado no STF.

Em razão do entendimento do Supremo de que foro por prerrogativa de função conferido aos deputados federais e senadores se aplica apenas a crimes cometidos no exercício do cargo e em razão das funções a ele relacionadas, o ministro Dias Toffoli determinou a remessa da investigação ao juízo de 1ª instância, sendo que em janeiro de 2019 a investigação foi retomada.

Segundo a Polícia Federal, entre as vantagens indevidas suspeitas teria havido entregas de dinheiro em espécie ou por meio de negócios simulados ou superfaturados, a fim de ocultar a entrega de dinheiro dissimulado por meio de contratos de aluguel e de compra e venda.

A investigação está diretamente relacionada com as outras fases da operação Maus Caminhos, sendo elas as operações Custo Político, Estado de Emergência e Cashback.

O nome da operação policial de hoje, Vertex, é sinônimo da palavra vértice e significa o ponto mais alto, o ápice, correspondendo ao alcance da investigação, que reuniu indícios robustos da prática de crimes pelo governador à época da criação da organização criminosa formada em torno do Instituto Novos Caminhos.

Estão sendo cumpridos 9 mandados de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de bloqueios de contas de pessoas físicas e jurídicas (aproximadamente 92,5 milhões de reais), 7 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis, expedidos pela Justiça Federal, que, após parecer do Ministério Público Federal, deferiu representação do delegado de Polícia Federal que preside a investigação.

A operação é executada pela Polícia Federal nos estados do Amazonas, Brasília e São Paulo.