Nova fase da Maus Caminhos cumpre mandados de prisão e buscas no AM

A pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas e da Polícia Federal, a Justiça Federal determinou a realização de prisões e buscas no âmbito da quinta fase da operação Maus Caminhos, intitulada operação Vertex. Estão sendo cumpridos nesta sexta-feira (19) mandados de prisão e de busca e apreensão, além de diversos mandados de bloqueios de contas e sequestro de bens.

As medidas estão sendo cumpridas pela Polícia Federal em Manaus, Brasília e São Paulo. Os investigados na presente fase são pessoas físicas e jurídicas ligadas a um ex-governador do Amazonas, atualmente senador pelo estado. No inquérito que deu origem à operação Vertex são investigados os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e pertinência a organização criminosa.
As investigações que culminaram na quinta fase da operação Maus Caminhos foram iniciadas a partir de inquérito instaurado em 2016, no Supremo Tribunal Federal (STF), e acompanhadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso ocorreu por haver indícios de cometimento de crimes por envolver um parlamentar federal, com foro privilegiado.
Após o julgamento da Questão de Ordem na Ação Penal n. 937, no qual o STF limitou a extensão do foro por prerrogativa de função, o inquérito foi declinado para a Seção Judiciária do Amazonas. Nesse sentido, a investigação foi assumida pelo MPF no Amazonas, em conjunto com a Polícia Federal.
A operação Vertex decorreu de requerimentos à Justiça Federal formulados pelo MPF a partir de maio de 2019. Na ocasião, o MPF requereu e a Justiça Federal determinou a realização de prisões, buscas e sequestro de bens dos investigados.
Com as investigações que culminaram na operação Vertex, Ministério Público Federal e Polícia Federal complementaram os elementos de prova produzidos em outras fases da operação Maus Caminhos e identificaram novos indícios do possível cometimento de crimes pelos investigados. Após a conclusão do inquérito policial pela PF, todo o material será encaminhado para análise do MPF, que vai decidir sobre o ajuizamento das ações cabíveis.