“Matei porque ela mentiu olhando nos meus olhos”. Assassino de miss no Amazonas pega 14 anos de prisão

Kimberly Mota Rafael Rodrigues Assassinato
Foto: reprodução

Acusado da morte de Kimberly Karen Mota de Oliveira, Rafael Fernandez Rodrigues foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado.

Julgamento popular que começou na manhã de ontem só foi concluído na tarde dessa quinta-feira (29).

Rafael Rodrigues, orientado pela defesa, não respondeu às perguntas das duas promotoras de Justiça, limitando-se a responder às perguntas da magistrada presidente e do advogado de defesa.

Ele disse que não matou Kimberly por ciúme, mas, porque ela teria lhe mentido.

“Ela mentiu olhando nos meus olhos sobre algo que eu já sabia”, afirmou.

Disse também que viu mensagens de outros homens no celular da vítima.

Denúncia

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) ofereceu denúncia contra Rafael Fernandez Rodrigues como incurso nas penas do art. 121, parágrafo 2.º, incisos I (motivo torpe), IV (recurso que impossibilitou a defesa da ofendida) e VI (feminicídio), do Código Penal.

Conforme o inquérito policial que deu origem à denúncia formulada pelo MP-AM, Rafael e a vítima, que tinha 22 anos, mantiveram um relacionamento amoroso.

E, no dia dos fatos, 11 de maio de 2020, encontravam-se no apartamento do acusado, à avenida Joaquim Nabuco, no centro de Manaus.

Após supostamente ver notificações de mensagens de homens no celular da jovem, Rafael a teria questionado, quando ela disse que não tinha intenção de reatar o relacionamento com ele.

Ainda conforme a denúncia, após essa conversa, o acusado foi à cozinha e escondeu uma faca na cintura.

Depois, teria atacado Kimberly no quarto do apartamento.

Ainda segundo o MP, após o crime, o acusado fugiu e foi capturado no dia 15 de maio, no município de Paracaima, em Roraima.

A sessão foi presidida pela juíza titular da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Ana Paula Bussulo.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) foi representado pelas promotoras Márcia Cristina Oliveira e Lilian Nara Pinheiro.

Durante o julgamento da Ação Penal n.º 0659697-14.2020.8.04.0001 foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e três de defesa, pois uma das testemunhas do Ministério Público também foi requisitada pela defesa.