Marcelo Ramos tentou apaziguar, mas “pau comeu” em audiência na Câmara entre Moro e deputado Glauber do PSOL

Marcelo Ramos
Marcelo Ramos

Marcelo Ramos (PL-AM) presidente da sessão bem que tentou conter os ânimos e xingamentos entre o Ministro Sérgio Moro e o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), mas o “dialogo” a respeito acabou chegando a vias de fatos e o encerramento das oitivas por Ramos.

Enquanto Glauber afirmava que Moro era um “capanga da milícia” e que ele atuava para proteger a família do presidente Jair Bolsonaro, o ministro não ficou por menos e reagiu de pronta palavra chamando o parlamentar de “desqualificado”.

Daí pra frente o caldo entornou e mesmo com a advertência do presidente da sessão Marcelo Ramos, tanto para Moro quanto para Glauber, pelas agressões, o tranco seguiu daí pra baixo.

Braga acusou Moro de atuar para que a Polícia Federal, que fica sob o guarda-chuva da pasta, livrasse o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) no caso em que investiga se ele lavou dinheiro com transações imobiliárias. Moro de tabela não ficou calado: 

“O senhor não tem fato, não tem argumentos, o senhor só tem ofensas. O senhor é um desqualificado”.

O ministro então afirmou que Braga não tinha como provar o que estava falando, pois não havia nada que desabone a sua atuação.

“A Polícia Federal fez uma investigação, eu sequer li esse relatório. Eu não interfiro no trabalho da Polícia Federal.”

Moro também afirmou que foi o Psol que atuou para “proteger” as milícias durante a votação do pacote anticrime, uma vez que o partido discordou de várias propostas apresentadas pelo ex-juiz da Lava-jato.

Após o bate-boca entre os dois, deputados que apoiam o ministro começaram a atacar Braga.

Um deles, delegado Éder Mauro (PSD-PA), passou a xingar a mãe do deputado do Psol. Após esse momento, o presidente da sessão, Marcelo Ramos (PL-AM), decidiu encerrar a oitiva.

Moro foi convidado a vir à Câmara para dar depoimento na comissão especial que analisa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre a prisão após condenação em segunda instância.

Acompanhe a integra do vídeo com o debate “caloroso” a partir dos 53 minutos: