Mãe que decapitou o bebê de 1 ano e 5 meses, disse que filho era um dragão do mal

Mulher foi localizada com uma bíblia nas mãos- foto: reprodução

Após uma ação conjunta entre a Polícia Civil e Militar do Amazonas, Domingas Joseane Andrade Carvalho, 40, foi presa após ter decapitado o próprio filho de apenas 1 ano e 5 meses, na manhã de ontem (26), em uma residência na rua Canelas, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus. A prisão da mulher ocorreu em uma feira no bairro São José, ontem mesmo, no fim da tarde. Na manhã deste sábado (27), durante uma coletiva de imprensa, mais informações sobre o caso foram divulgadas.

Conforme a polícia, a mulher teria relatado que estava ouvindo vozes, e que também o filho dela era um dragão do mal e que precisaria tirar a vida dele, e por conta disso cometeu esse crime cruel.

Para a Polícia Militar, o marido da suspeita teria comentado que ela estava há 1 semana sem dormir e não largava a bíblia por nada. Ainda segundo a PM e PC, a mulher estaria passando por um surto psicótico e estava há aproximadamente 3 meses sem tomar medicamentos, devido a baixa renda da família em não poder pagar um tratamento para a mesma.

De acordo com o delegado Miguel Ribeiro, a mulher tem mais 2 filhos e os mesmos estavam na residência no momento do crime, e felizmente nada aconteceu com eles. Domingas relata que matou o filho, mas não lembrava como.

“Todos da família disseram que ficaram muito surpresos com o crime, já que ela nunca teve nenhum comportamento agressivo com nenhum dos filhos”, disse o delegado, acrescentando que Domingas não tem passagem pela polícia e nem é usuária de drogas.

Familiares relataram para a polícia que viram sangue na pia da residência onde ocorreu o crime, porém pensavam que era de peixe. A faca também foi vista no local. Mas, na casa tinha uma sacola que já estava atraindo bastante moscas, quando a avó da criança abriu o saco, avistou o corpo, e ela desmaiou.

Audiência de custódia

O delegado informou também durante a coletiva de imprensa, que Domingas será apresentada a audiência de custódia e talvez seja encaminhada a um manicômio judiciário.

Familiares também disseram que a suspeita chegou a realizar um apoio emocional com a ajuda da igreja, e que estavam bastante preocupados com ela, mas não tinham condições financeiras para comprar medicamentos e nem pagar um tratamento

“Não era recomendável ela ficar sozinha com a criança. Se aconteceu alguma omissão por parte do pai ou de outro familiar, a polícia irá investigar”, finalizou o delegado Miguel Ribeiro.