Homem morre eletrocutado ao tentar salvar móveis da chuva no Rio

HOMEM

Leandro Ramos Pereira, de 40 anos, morreu na noite dessa segunda-feira (9/4) após ser eletrocutado tentando salvar móveis de sua casa durante a tempestade que atingiu o Rio de Janeiro. O vendedor de uma rede de materiais de construção morava sozinho em Santa Cruz, na zona oeste, um dos locais mais atingidos pela chuva. As informações são do jornal O Extra.

Pereira chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cesarão, mas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, ele já chegou morto ao local. O primo da vítima, Ricardo Sodré, afirmou que Leandro limpava um ralo de casa quando levou o choque. No momento do acidente, ele contava com a ajuda da namorada e da cunhada, que também levou um choque, mas passa bem.

“A casa dele estava inundada e ele estava tentando salvar as coisas. Aqui na região está tudo alagado até agora”, contou Sodré.

Renato Ferreira, outro primo de Leandro, afirmou que, após tomar o choque, o vendedor ainda conseguiu socorrer a cunhada: “A namorada dele está muito abalada. Ela viu tudo. Leandro tomou o choque e ainda conseguiu ajudar a cunhada. Aí deu dois passos e caiu de cara na água. Um vizinho que ajudou e o levou ele para o hospital, mas já chegou lá muito fraquinho”, contou.

Enterro

A família do rapaz afirmou que a empresa onde Leandro Pereira trabalhava está dando todo o apoio. No ano passado, ele perdeu o pai e a mãe numa diferença de duas semanas. O pai morreu após uma infecção intestinal. Em seguida, a mãe morreu de infarto.

O primo é quem está tentando realizar os procedimentos para enterrar Leandro Pereira. A família precisou fazer um boletim de ocorrência, mas a 36ª Delegacia de Polícia alegou que o sistema estava fora do ar e não poderia realizar o procedimento.

Horas depois, conseguiram registrar a ocorrência, mas ainda precisam aguardar um rabecão para levar o corpo ao Instituto Médico Legal (IML). A previsão é de que só consigam sepultá-lo na quinta-feira (11).

“Isso é terrível. A família já sofre com um falecimento e ainda tem que ter toda essa dificuldade para enterrar”, completou Renato Ferreira.

Fonte: Metrópoles