Governo retoma serviço de fiscalização 24 horas/dia em postos de vigilância agropecuária

Serviços de vigilância 24 horas por dia nas barreiras fitossanitárias - foto Ascom/Aderr

Os serviços de vigilância 24 horas por dia nas barreiras fitossanitárias foram retomadas pelo Governo do Estado, por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima). Um novo convênio, firmado entre a Aderr e o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reforçará o trabalho dos fiscais e da PMRR (Polícia Militar de Roraima) no controle do trânsito de frutas hospedeiras da mosca da carambola.

Tendo como forma de dispersão do fruto hospedeiro contaminado (carambola, jambo, goiaba, manga, caju, laranja, tomate, pimenta picante, maracujá, jaca, tangerina, entre outros), é necessário o controle do seu trânsito para evitar que se desloquem de uma área contaminada para uma área livre. A retomada dos serviços de 24 horas por dia permitirá uma ação mais eficaz nesse serviço.

Conforme o gerente de Defesa Vegetal da Aderr, Marcos Prill, durante a pandemia os serviços de fiscalização em tempo integral foram suspensos, mas as barreiras continuaram trabalhando, embora sem manter a fiscalização 24 horas por dia em todos os postos.

“Esse trabalho foi feito graças ao empenho dos servidores da agência, que mesmo com isolamento social, não pararam de trabalhar no controle da mosca, tomando todas as medidas preventivas para evitar a contaminação com a COVID-19”, afirmou.

Prill destacou ainda que o aporte de recurso pelo Mapa traz de volta a fiscalização funcionando em tempo integral, o que aumentará significativamente a intercepção de produtos com potencial de disseminação da mosca da carambola.  Bonfim, Passarão, Murupu, Recrear e Alto Alegre são os PVAs (postos de vigilância agropecuária) ativos no Estado.

Nos municípios fronteiriços de Pacaraima, Uiramutã e Normandia, os focos estão controlados com as ações implantadas pelo Mapa, com participação e apoio da Aderr, com o uso de iscas como atrativos para capturar as moscas. Em áreas livres da mosca, o trabalho é feito permanentemente com visitas dos fiscais. Nessas propriedades, toda produção de frutos pode ser exportada mediante a Certificação Fitossanitária de Origem, concedida pela Aderr.

Roraima é alvo frequente da mosca da carambola porque faz fronteira com outros países, por onde houve a introdução em 2010. É uma praga muito perigosa para a fruticultura nacional. Estudos comprovam sua agressividade em destruir as frutas, causando impacto econômico considerável para a agricultura, principalmente pela proibição da exportação para países que não aceitam comprar produtos com risco de presença da mosca da carambola.

Secom Roraima – Jornalista: Elias Venâncio