Formação em Técnico em Enfermagem do Trabalho oferece oportunidades no mercado de trabalho local

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O mercado de trabalho para o Técnico em Enfermagem não é restrito apenas aos hospitais. A formação oferece a oportunidade de atuar também em postos de saúde, laboratórios, ambulatórios de empresas e até com “home care” (atendimento em domicílio). Além disso, o profissional também pode trabalhar na área de saúde ocupacional, como Técnico em Enfermagem Ocupacional, que oferece boas condições de trabalho e salário de até R$ 3.600, dependendo do segmento e porte da empresa.

O enfermeiro e professor do Centro Literatus (CEL), Worleson Freitas, explica que em um país onde a cada 48 segundos um trabalhador sofre acidente, o Técnico em Enfermagem do Trabalho é um profissional essencial nas empresas e atua em equipes multiprofissionais, sob supervisão, como integrante dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e participa dos projetos de educação do trabalhador, principalmente, os programas de prevenção de doença e promoção da saúde. 

Entre 2012 e 2018, foram registrados 4,26 milhões de acidentes de trabalho, o que resultou num gasto de 28,81 bilhões de reais em benefícios acidentários como pensão por morte, auxílio-acidente e doença e aposentadoria por invalidez. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT). O estudo também mostra que o número de afastamento nas empresas brasileiras por acidentes de trabalho entre 2012 e 2018 foi superior a 335 milhões.

“O Técnico em Enfermagem do Trabalho é visto como anjo da guarda dos trabalhadores, pois é ele quem está ali próximo a eles avaliando as suas condições de trabalho e promovendo melhorias da qualidade de vida”, apontou Freitas durante palestra para alunos do CEL, nesta segunda-feira (11).

Ele ressalta que a enfermagem ocupacional é um segmento bastante atrativo para aqueles profissionais que desejam fugir da rotina de hospitais, entretanto, para atuar na área é essencial que o profissional realize a especialização em Enfermagem do Trabalho.

“E necessário também investir em cursos de capacitação para tornar o currículo sempre atrativo, para quem escolher esta área, por exemplo, deverá investir em informática avançada”, apontou Worleson.

Animada para a conclusão do curso Técnico em Enfermagem, Luana Couto, de 22 anos, conta que ainda há dúvidas de qual segmento seguir, mas procura conversar com quem já atua no mercado de trabalho. “Percebo que a demanda e a rotatividade da área de saúde são grandes, mas os profissionais que permanecem são aqueles que estão sempre se capacitando e são proativos”, comenta a aluna.