Dia Mundial da Síndrome de Down: neuropediatra explica como o tratamento específico pode ajudar

Dia Internacional da Síndrome de Down | Foto: Ascom Hapvida
Dia Internacional da Síndrome de Down | Foto: Ascom Hapvida

O Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado todos os anos no dia 21 de março. A data tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade.

Definido pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, o tema deste ano é ‘Conectar’.

“Conectar pessoas de diversas regiões e do mundo, conectar experiências, conhecimento e atividades, conectar sentimentos, amor e empatia, por meio da tecnologia e acima de tudo se cuidando e cuidando da família”, diz a Federação.

Ao contrário do que muitos pensam, a Síndrome de Down não é uma doença, e sim uma mutação do material genético humano, presente em todas as raças. Os motivos para a ocorrência da Síndrome de Down ainda são desconhecidos, mas o que se sabe é que começa na gestação, quando as células do embrião são formadas com 47 cromossomos, sendo que o normal seriam 46 cromossomos.

Rodrigo Policena, neuropediatra do Sistema Hapvida, explica como ocorre essa alteração genética.

“A Síndrome de Down é causada por alterações nos cromossomos, existem 2 tipos, o mais comum é a trissomia do cromossomo 21 (3 cromossomos ao Invés de 2), o mais raro é o tipo mosaico (alteração mais complexa) que ocorre em todas células e órgãos do indivíduo afetado”, destaca.

Ou seja, as pessoas com a SD sofreram uma alteração genética produzida pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, por isso também conhecida como trissomia 21. Trata-se de uma ocorrência genética que acontece em cerca de um a cada 700 nascimentos.

O neuropediatra ainda orienta qual tipo de tratamento é oferecido aos portadores da síndrome, e como familiares e amigos podem ajudar.

“O tratamento consiste nas ações sobre o desenvolvimento atrasado, através de terapias de estímulos do desenvolvimento motor, da fala e do aprendizado, e o controle dos distúrbios comportamentais e psicológicos que podem ocorrer, além do cuidado preventivo e tratamento individualizado dos possíveis problemas cardíacos, respiratórios e de outros órgãos que forem afetados”, relata.

Pessoas com tal síndrome têm os direitos assegurados pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, ratificada pelo Brasil com força constitucional e pela Lei Brasileira de Inclusão.

No Brasil existem aproximadamente 300 mil pessoas com síndrome de Down, segundo dados do IBGE. A inclusão dessas pessoas na vida escolar e profissional aumenta a possibilidade de desenvolvimento, além de reforçar para a sociedade a necessidade de respeito às diferenças, quaisquer que sejam.