Dezembro Vermelho: conscientização continua sendo a melhor prevenção para evitar as ISTs

Dia Mundial contra a Aids | Foto: Divulgação
Dia Mundial contra a Aids | Foto: Divulgação

ESPECIAL PUBLICITÁRIO: Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a prevenção e o tratamento precoce contra o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), iniciou desde 2017 a mobilização nacional denominada Dezembro Vermelho.

O período foi escolhido pelo Ministério da Saúde em razão do Dia Mundial contra a Aids, celebrado no mundo inteiro em 1º de dezembro. A data foi estabelecida internacionalmente em 1987 por decisão da Assembleia Mundial de Saúde com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, o Ministério da Saúde adotou a data um ano depois.

Apesar dos avanços, pelos mais de 30 anos de enfrentamento à doença, muito ainda precisa ser feito para reduzir a transmissão do vírus (HIV) causador da Aids. Por isso, a prevenção deve ser vista como a combinação de diversas estratégias.

O objetivo da campanha foi para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com portadores de AIDS. Nada mais justo do que prolongar o dia para um mês todo. Dezembro, portanto, é o dezembro vermelho, o mês da conscientização e combate contra a AIDS.

A cor foi escolhida para ilustrar o dezembro vermelho por causa do símbolo já utilizado pela causa, o laço vermelho. O projeto da imagem foi criado em 1991 por um coletivo de artistas de Nova York, a Visual Aids.

De acordo com Frank Moore, artista do grupo, o motivo da escolha da cor vermelha foi a relação ao sangue e à paixão. Já o laço foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados norte-americanos que foram à Guerra do Golfo.

Com a internacionalização do símbolo, o laço que ilustra o dezembro vermelho ultrapassou o significado que o restringia aos Estados Unidos. Hoje, a marca é relacionada aos laços afetivos, à solidariedade e ao comprometimento.

Entenda a diferença entre AIDS e HIV

Ainda hoje, muitas pessoas pensam que AIDS e HIV são a mesma coisa. Esta é uma concepção errada e que pode ser ofensiva. A AIDS é um efeito colateral causado pelo vírus da HIV. Por falta de informação por parte dos pacientes e tratamentos, a epidemia da AIDS fez muitas vítimas nos anos 80.

A boa notícia é que o mundo evoluiu e hoje a maioria das pessoas que têm HIV não têm AIDS devido o acompanhamento correto da doença. Tanto que a AIDS não está mais na lista de principais doenças do século XXI após ser protagonista do século XX.

Saber desta diferenciação e usar a nomenclatura adequada para cada caso é um pequeno e primeiro passo para contribuir para o dezembro vermelho.

O preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites.

Existem dois tipos de camisinha: a masculina, que é feita de látex e deve ser colocada no pênis ereto antes da penetração; e a feminina, que é feita de látex ou borracha nitrílica e é usada internamente na vagina, podendo ser colocada algumas horas antes da relação sexual, não sendo necessário aguardar a ereção do pênis.

Profilaxia Pré-Exposição (PrEP)

A Profilaxia Pré-Exposição ao HIV é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV. A PrEP consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus infecte o organismo, antes de a pessoa ter contato com o vírus.

O tratamento é a combinação de dois medicamentos (tenofovir + emtricitabina) que bloqueiam alguns “caminhos” que o HIV usa para infectar o organismo. Quem toma o PrEP diariamente, pode impedir que o HIV se estabeleça e se espalhe.

O Ministério da Saúde, no entanto, alerta que a medicação só é eficaz se for tomada diariamente. Além disso, ela não protege contra outras infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis, clamídia e gonorreia e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção, como a camisinha.

Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PEP)

Já a PEP é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, como violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional com contato direto com material biológico.

Trata-se de uma urgência médica, que deve ser iniciada o mais rápido possível – preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.

Condutas que não transmitem HIV:

Alguns mitos, apesar de toda a informação presente atualmente, insistem em permanecer no imaginário popular. O efeito, no entanto, só causa preconceito e desconforto para quem é soropositivo.

Por isso, listamos algumas condutas que NÃO transmitem o vírus HIV e, portanto, são seguras:

· Sexo com camisinha ou outra medida protetiva
· Masturbação a dois
· Beijo no rosto ou na boca
· Suor e lágrima
· Picada de inseto
· Aperto de mão ou abraço
· Sabonete/toalha/lençóis
· Talheres/copos
· Assento de ônibus
· Piscina
· Banheiro
· Pelo ar

De acordo com a médica infectologista Sílvia Fonseca, diretora regional de infectologia do Sistema Hapvida, que administra o Grupo São Francisco, o diagnóstico do HIV pode ser feito por exame de sangue ou saliva, e quem esteja com dúvida se foi infectado precisa fazer imediatamente esse exame.

“Quem achar que pode estar infectado precisa fazer o exame, pois hoje existem numerosas medicações que ajudam a não progredirem para a doença”, destaca a médica.

A médica ainda destaca que somente profissionais de saúde podem dar esse diagnóstico, e que dentro do sistema Hapvida há profissionais como infectologistas e clínicos gerais gabaritados para atender esses pacientes.