Curso de Braille básico para professores em Manaus

educação braile
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Aproximadamente 40 professores das salas de recursos especiais e regulares (inclusos) das unidades municipais de ensino participam do curso de Braille básico. A formação iniciou na segunda-feira (22/4) e termina nesta sexta-feira, 26/4, na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), sob a responsabilidade da Gerência de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (GEE/Semed).

O curso é dividido em três módulos. O primeiro aborda a história do sistema Braille e a importância do mesmo para os deficientes visuais, assim como os desenhos táteis e o manuseio de equipamentos para a escrita manual em Braille (reglete e punção). O segundo módulo será em maio, com o tema Soroban – ábaco japonês, e o terceiro em junho, com o assunto Tecnologias Assistivas.

Com objetivo de desenvolver habilidades de escrita e leitura do sistema Braille, com aspectos técnicos e éticos relacionados ao processo de adaptação de materiais e ao atendimento da pessoa com deficiência visual, o curso atende os educadores que trabalham com 188 alunos, entre baixa visão e cegueira na rede municipal de ensino.

O assessor pedagógico da Gerência de Educação Especial da Semed, Raimundo Araújo da Silva, disse que o curso visa capacitar os novos educadores e os que já atuam na rede municipal. Para ela, é fundamental a participação de todos para adquirir novos conhecimentos.

“Esse curso vem complementar a formação de todas as pessoas que estejam interessadas, inclusive, estamos atendendo estagiários mediadores, que atendem crianças com cegueira e baixa visão para capacitá-los, com objetivo de proporcionar um trabalho mais efetivo na educação especial”, comentou.

De acordo com o assessor pedagógico e formador Adonias de Almeida Bessa, também da Gerência de Educação Especial, o curso é importante para os professores, sejam novatos ou experientes, porque serve para aprimorar o trabalho pedagógico.

“Nosso principal foco é fazer com que nosso professor saia do curso sabendo a leitura e a escrita, para que possa ajudar os alunos com cegueira, diante do processo de transcrição, visto que o professor tem essa necessidade de saber a escrita e a leitura do sistema para proporcionar uma educação mais eficaz”, contou.

                                                                                                                         

Aprendizado

Há quatro anos atuando na Educação Especial, a professora Maria do Perpétuo Socorro de Souza, da escola municipal Álvaro César de Carvalho, bairro Novo Reino, zona Leste, disse que toda formação é sempre um aprendizado.

“Apesar dos anos que tenho na rede, tudo é um aprendizado para nós, pois essa formação é de suma importância, porque vamos conseguir compreender mais o método para repassar aos alunos de baixa visão o trabalho em Braille. Tudo isso vai facilitar meu trabalho com os alunos”, finalizou.

Animada por participar pela primeira vez do curso, Gabriele de Sousa, que atua como estagiária mediadora na escola municipal Sérgio Augusto Pará Bittencourt, bairro Novo Israel, zona Norte, afirmou que o curso é muito válido para todos. “Este é o meu primeiro contato com o curso de Braille, e digo que é de grande importância na minha vida, porque existe realmente essa necessidade de nós, professores, termos uma experiência e conhecimento a mais. Espero auxiliar muito o aluno, o qual tenho mediado e ajudado nas principais dificuldades”, pontuou.