Cultura: Com Marcella Bártholo no elenco, “Cartas para Gonzaguinha” estreia no RJ

O musical “Cartas para Gonzaguinha” estreia nesta quarta-feira (06), no Rio de Janeiro, tendo no elenco a cantora e atriz amazonense MarcellaBártholo. O espetáculo, que entra em cartaz no Teatro Riachuelo, conta passagens da vida e obra do cantor e compositor Gonzaguinha, ícone da Música Popular Brasileira (MPB).
A filha do cantor, Fernanda Gonzaga, assina a pesquisa de “Cartas para Gonzaguinha”. Ela, que possui profundo conhecimento sobre a vida e obra do pai, forneceu material privilegiado para a composição do musical.
Estar no elenco desse espetáculo, segundo Marcella Bártholo, é uma honra e um grande desafio. As músicas de Gonzaguinha, em especial “Sangrando”, já fazem parte do seu repertório, inclusive do musical “Dream”, apresentado pela cantora em 2017, no Teatro Amazonas.

Marcella reside, hoje, no Rio de Janeiro, onde dedica-se à carreira nacional e ao aprimoramento profissional. Ela participou de audições para o musical e foi selecionada. Em “Cartas para Gonzaguinha”, Marcella diz que vem cumprindo um trabalho intenso de preparação, envolvendo dança, canto e interpretação.

“Cartas para Gonzaguinha” tem direção geral de Rafaela Amado, uma das fundadoras da Cia de teatro Os Privilegiados. Entre 1990 e 1996, atuou como atriz e diretora assistente em inúmeros espetáculos organizados e dirigidos por Antonio Abujamra, entre eles, “Um certo Hamlet” , “Fedra de Racine ” e “Exorbitâncias”. Como diretora, destacam-se: “Cora e Adélia, um Dedo de Prosa; “O Jardim Secreto”, indicado em 6 categorias ao prêmio Zilka Salaberry e ganhador melhor espetáculo FITA/2012.

A direção musical é assinada por João Bittencourt. Em 2011, ele foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro, na categoria Melhor Música, pelas composições do espetáculo “R&J de Shakespeare – Juventude Interrompida”, dirigido por João Fonseca. Em 2013, foi indicado ao Prêmio Cesgranrio de Teatro, pela direção musical do espetáculo “Na Bagunça do Teu Coração”. Como pianista e acordeonista, acompanhou Bibi Ferreira por 11 anos e gravou um disco piano solo, elogiado pelo crítico Nelson Freire.

Sobre o musical – Por meio da obra musical de Gonzaguinha, o espetáculo retrata momentos importantes da história do Brasil, na década de 80, quando o país dava os primeiros passos rumo à redemocratização.

As músicas de Gonzaguinha narram, na peça, a luta de José e de outros funcionários de uma fábrica ameaçados de perderem seus empregos. Falta não só dinheiro, mas também liberdade e direitos. Nessa época, Gonzaguinha pediu ao público que lhe enviasse cartas respondendo à seguinte (profunda e simples) pergunta: O que é a vida? As muitas respostas culminaram na composição de um dos maiores sucessos de sua carreira, “O que é, o que é? A pergunta ecoa também na trajetória dos personagens, durante todo o musical.

Sobre o compositor – Gonzaguinha, filho do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga, é autor de inúmeros sucessos que o consagraram nacionalmente, como “Começaria Tudo Outra Vez”, “Explode Coração”, “Grito de Alerta”, “Lindo Lago do Amor” e “O que é o que é”, dentre tantos outros que lançou no mercado. Suas canções foram também gravadas por grandes intérpretes da MPB, como Maria Bethânia, Zizi Possi, Simone, Elis Regina e Fagner.