Cuidados para evitar dengue, zika e chikungunya, a prefeitura pede atenção da população.

Ação contra o Aedes Aegypti -Foto: Léo Costa

Para reduzir a incidência da doença, a população deve ser consciente e contribuir com ações simples, como eliminar água parada e evitar jogar lixo nas ruas.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) já tem disponível os dados do primeiro Levantamento de Índices Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) ocorrido no mês de junho. O objetivo da ação é a avaliação e o controle da situação de mosquitos como o transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

O resultado do estudo ocorreu após visitas em 6.511 imóveis referentes aos 15 estratos delimitados em Boa Vista. Destes, 850 domicílios apresentaram positividade para larvas do gênero Aedes, que contribui com o valor médio do índice de Infestação Predial no município de 13,1%, classificando em alto risco para transmissibilidade das doenças.

Das 850 amostras positivas, 98,6% correspondem a residências, comércios e outros 1,4% a terrenos baldios. O resultado desse ano mostra um aumento de 41% no percentual de infestação por Aedes, em relação ao de 2019, ambos ocorridos no mesmo período. Vale destacar ainda que devido a pandemia da Covid-19 – e por orientação do Ministério da Saúde, a prefeitura não estava fazendo o LIRAa.

Os agentes estão diariamente em atividades de bloqueios com educação em saúde, eliminação de criadouros e tratamento, quando necessário, em casos notificados de dengue, zika e Chikungunya.

A prefeitura reforça à população a importância de receber os agentes em casa e ajudarem a eliminar os possíveis criadouros. Esta semana as ações estão concentradas nos bairros Canarinho, União, São Bento e Santa Luzia.

Medidas preventivas – O trabalho de rotina dos agentes é visitar domicílios, eliminar focos e remover reservatórios, com a ajuda do morador. Em casos notificados e confirmados de dengue, os agentes ainda realizam o bloqueio de transmissão com a bomba costal motorizada.

Bairros – O estudo aponta ainda que não houve bairros considerados com baixo risco, diferente de 2019. 51 bairros foram classificados com alto risco e apenas três com médio. Entre os bairros de alto risco estão Operário, Canarinho, Araceli, Distrito Industrial, 31 de março, São Bento, União e outros. Os de médio risco estão Olímpico, Alvorada e Centro.

Principais criadouros – O lixo doméstico ainda é um dos principais focos do Aedes nas residências. Em seguida, depósitos móveis (vasos, frascos, pratos, pingadeiras e bebedouros); depois vem pneus e outros materiais rodantes, depósitos como barril, tanque e poços, entre outros.

Carro fumacê – o controle químico com aspersão de inseticida conhecido como fumacê é aplicado sempre nas áreas mais criticas e é realizado pelas equipes da Secretaria Estadual de Saúde, conforme cronograma repassado pelo município.

Dicas de prevenção – Para reduzir a incidência da doença a população deve ser consciente e contribuir eliminando água parada, tampando tambores, poços e cisternas e reservatórios de água e colocando areia fina na borda dos recipientes com plantas e bebedouros de animais de estimação, devendo também se atentar para os suspiros das fossas, para que não fiquem abertos, tampando com tela ou uma meia já usada.

As denúncias sobre possíveis focos de dengue podem ser feitas pelo 156 e também pelo canal da Ouvidoria, 3621-1012.