Aprenda a como se prevenir do HPV

Hapvida HPV
Foto: ASCOM

Dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apontam que o HPV é responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo de útero. Métodos como a vacinação, o uso de preservativos e exames preventivos são algumas formas de combater a doença.

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pelo papilomavírus humano, que afeta mulheres que tiveram contato íntimo sem o uso do preservativo com alguém que possuía o vírus.

Após a mulher ser infectada pelo vírus do HPV, acontece a formação de pequenas verrugas semelhantes a uma pequena couve-flor, que podem provocar coceira, principalmente na região íntima.

No entanto, as verrugas podem aparecer noutros locais como boca ou ânus, caso se tenha realizado sexo oral ou anal desprotegido com uma pessoa infetada. Por se tratar de infecção viral, não existe um remédio que possa levar à cura, por isso o tratamento é feito com o objetivo de retirar as verrugas com pomadas específicas ou sessões a laser.

A ginecologista do Sistema Hapvida em Manaus, Elis Akamy, como ocorre o HPV e quem está propício a ter a doença.

“O HPV é uma família de mais de 150 tipos de vírus diferentes, sendo que 40 tipos podem fazer infecção do trato ano-genital. A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou a mucosa infectada que pode ocorrer através da transmissão sexual: oral-genital, genital-genital ou manual(pele) genital. Ou seja, a transmissão pode ocorrer sem a penetração e inclusive pode ser transmitida pela mãe ao feto durante o parto. Qualquer pessoa sexualmente ativa pode ter HPV, homens e mulheres, inclusive mulheres homossexuais”.

A médica ainda destaca quais são as principais formas de prevenção da doença, e como isso pode ser desenvolvido.

“O uso de camisinha deve ser feito durante as relações sexuais, seja genital ou oral. Além da camisinha, a vacina contra o HPV é uma forma segura de prevenção. No Brasil, ela é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde em duas doses que devem ser tomadas com intervalo de seis meses para meninas de 9 a 14 anos; meninos de 11 a 14 anos. Além disso, toda mulher sexualmente ativa deve ir ao ginecologista anualmente para fazer o Papanicolau, exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões causadas pelo HPV que podem causar câncer de colo de útero”.

Caso o paciente seja infectado pela doença, a médica informa que o tratamento precisa ser iniciado o mais rápido possível.

“No caso dos tipos de HPV que causam verrugas, o tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume. O tratamento deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos”.

Já no caso de HPV que causam as lesões precursoras do câncer de colo uterino, a médica explica que o diagnóstico do HPV é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.

Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).

Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biópsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas.