Amazonas tem força-tarefa por mais oxigênio na rede estadual de saúde

Foto: SECOM
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O Governo do Estado montou uma força-tarefa para ampliar o abastecimento de oxigênio na rede estadual de saúde. Entre as medidas está o apoio das Forças Armadas no transporte do insumo de outros estados para o Amazonas e também a preparação de um chamamento público para implantação de miniusinas de oxigênio.

O plano foi detalhado em reunião do Comitê de Enfrentamento da Covid-19, neste domingo. Wilson Lima também divulgou em suas redes sociais que o momento é dramático, tendo em vista a incapacidade dos fornecedores de oxigênio locais atenderem a demanda crescente do Estado, em decorrência da ampliação de leitos Covid-19, que saltou 134%, de 457 para 1.164 leitos.

“Estamos entrando em uma situação dramática. Por isso, o Estado está mobilizando uma operação junto com o Exército, para trazer cilindros de oxigênio de Guarulhos, em São Paulo, estudando a montagem de miniusinas de oxigênio e também estou pedindo a ajuda dos demais estados para que identifiquem empresas que possam fornecer esse produto ao Amazonas. Nós temos dinheiro em caixa, mas não conseguimos comprar o produto aqui na região”, disse o governador Wilson Lima.

O volume de oxigênio líquido contratado pelo Governo do Amazonas na pandemia, na área da saúde, passou de 176 mil para 850 mil metros cúbicos por mês. Um acréscimo de 382,9%.

Apoio – Entre sexta-feira (08/02) e este domingo, 350 cilindros de oxigênio, que equivalem a 24,5 toneladas do produto, desembarcaram, de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), em Manaus vindos de Belém-PA. Duzentos deles chegaram na tarde desse domingo, sendo que uma parte tem como destino o interior.

Ainda neste domingo, está sendo aguardada uma remessa de isotanques com 30 mil metros cúbicos de oxigênio da empresa White Martins vindos de São Paulo em avião da FAB. A carga tinha embarque previsto para sair às 16h do aeroporto de Guarulhos e está sendo esperada nas próximas horas.

Outros 150 cilindros embarcaram neste domingo de Brasília e a empresa aguarda uma carga de 50 mil metros cúbicos, que embarcaram em balsa sábado, de Belém para Manaus.

A Carboxi Gases, em reunião com a Defesa Civil do Estado na última sexta-feira, informou que vai ampliar a produção de oxigênio para atender a rede estadual de saúde. A companhia vai passar a produzir somente gás para a área da saúde e todo o volume adicional, além do já acordado, será para atender o Governo do Amazonas. A medida garante o fornecimento de 6.800 metros cúbicos de oxigênio para a rede pública.

Outra medida determinada pelo governador Wilson Lima é a abertura de chamamento público para aquisição de miniusinas de oxigênio. Medida que pôde garantir autonomia de oxigênio para os hospitais.

Mais leitos e apelo – Wilson Lima destacou o trabalho de ampliação da rede de assistência no enfrentamento da pandemia.

“Nós estamos abrindo leitos praticamente todos os dias, foram mais de 600 nos últimos dois meses e estamos reabrindo o Hospital da Nilton Lins, mas essas ações não têm sido suficientes para atender a todos os pacientes que procuram os hospitais públicos do nosso Estado”, destacou o governador ao afirmar que, além da abertura de leitos é preciso frear a curva de contágio do novo coronavírus.

Ele reforçou o apelo à população.

“Meus amigos, eu apelo mais uma vez, enquanto o Estado está trabalhando para abrir leitos, diminuir o sofrimento do povo, é importante que cada um faça a sua parte. Só saia de casa se for urgente, se for imprescindível. Nós estamos numa guerra e só vamos conseguir vencer essa guerra se todos nós estivermos unidos”, destacou.