Amazonas tem a maior taxa de incidência de tuberculose e de mortalidade no país

Amazonas tuberculose | Foto: Catarina Sampaio
Amazonas tuberculose | Foto: Catarina Sampaio

O Amazonas tem a maior taxa de incidência de tuberculose do país com 64,8 casos por 100 mil habitantes em 2020, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 2.863 casos novos da doença em 2020, registrados no Sistema de Informação da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM). O destaque para a situação epidemiológica foi abordado durante webconferência alusiva ao Dia Mundial da Tuberculose, realizada nesta quarta-feira (24/03).

Dos 2.863 casos novos de tuberculose registrados em 2020, 2.080 são em Manaus (72,70%), e os demais 783 (27,30%), no interior do estado. Ainda em 2020, 154 pessoas morreram de tuberculose no Amazonas (uma taxa de mortalidade de 3,7 óbitos por 100 mil pessoas). De janeiro a fevereiro de 2021, foram registrados 370 casos no estado, sendo 270 notificações em Manaus. Os indicadores são monitorados pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose da FVS-AM (PECT/FVS-AM).

O diretor-presidente da FVS-AM, Cristiano Fernandes, alerta da necessidade dos 62 municípios do Amazonas intensificarem esforços para combater a doença no estado.

“A melhor forma de combater a doença é o diagnóstico precoce e tratamento adequado. É importante que a pessoa com tuberculose faça o tratamento de acordo com a recomendação médica”, destacou.

A coordenadora do PECT/FVS-AM, Marlucia Garrido, que coordenou a webconferência, disse que a iniciativa foi essencial para a troca de conhecimentos e discussões sobre a doença em tempos de enfrentamento à pandemia de Covid-19.

“Essa roda de conversa foi também uma grande oportunidade para formar multiplicadores de informações que possam ajudar na luta contra a tuberculose”, disse Marlucia.

Para a estudante de enfermagem Angelina Trindade, que acompanhou a transmissão pelo canal de vídeo da FVS-AM, a webconferência permitiu ampliar os conhecimentos que podem colaborar com a formação acadêmica.

“Como futura profissional da área da saúde, tenho obrigação em ajudar no diagnóstico e tratamento dos pacientes”, disse Angelina.