Ações contra Aedes aegypti inicia em dez bairros de Manaus

Aedes aegypti
Aedes aegypti

Dez bairros da capital amazonense receberam nesta segunda-feira, 3/2, equipes de agentes de endemias e agentes comunitários de saúde para a realização do 1º Diagnóstico de Infestação do Aedes aegypti de 2020, realizado pela Prefeitura de Manaus.

O trabalho, que pretende atingir imóveis em todos os 63 bairros de Manaus, foi iniciado em bairros localizados nas quatro zonas urbanas do município: Santo Antônio, Glória, São Raimundo, Vila da Prata e Compensa (zona Oeste); Flores (zona Sul); Cidade de Deus (zona Norte); e Mauazinho, Colônia Antônio Aleixo e Puraquequara (zona Leste).

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, o diagnóstico tem como meta a vistoria de 27.976 imóveis selecionados por amostragem nos 63 bairros, representando cerca de 20% dos imóveis no município, para a identificação do índice de infestação do Aedes em cada localidade.

“A intenção é concluir o trabalho em todos os bairros de Manaus até o dia 18 de fevereiro, seguindo uma programação semanal, com visita aos imóveis selecionados, para que seja possível verificar o atual nível de risco do município para a ocorrência de dengue, zika e chikungunya. A orientação do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, é realizarmos este trabalho de levantamento para reduzirmos ainda mais os casos dessas doenças na cidade, como tem ocorrido na nossa gestão”, informa Marcelo Magaldi.

Na ação de visita aos imóveis, os agentes de saúde identificam e coletam as formas imaturas (larvas) do mosquito, com eliminação ou tratamentos de depósitos que podem servir como criadouros do mosquito, e também orientam os moradores sobre formas de prevenção e sinais e sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes.

O chefe do Núcleo de Controle da Dengue da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Alciles Comape, explica que o diagnóstico de infestação auxilia na elaboração das estratégias prioritárias de combate ao Aedes aegypti, já que resulta em informações que mostram as áreas que apresentam baixo, médio ou alto risco.

O diagnóstico realizado em Manaus em fevereiro do ano passado apresentou um índice de infestação de 2,2% e o de novembro registrou um índice de 1,9%, o que manteve o município em médio risco.

“Índices entre 1% e 3,9% representam médio risco, o que significa situação de alerta. Como os primeiros meses do ano em Manaus têm chuvas mais intensas, a tendência é que o primeiro diagnóstico de cada ano apresente uma infestação um pouco maior. Mas com as informações do diagnóstico, a Semsa pode estabelecer as estratégias de controle e evitar o aumento de casos de zika, dengue e chikungunya”, afirma Alciles Comape.

Ele lembra que no ano passado Manaus apresentou uma redução de 20,4% no número de casos confirmados das doenças transmitidas pelo Aedes, em comparação com 2018 (dados atualizados em 3/2/2020). Em janeiro deste ano, os dados atualizados até o momento mostram que os casos confirmados apresentam redução de 53,3% em relação a janeiro do ano passado.

Durante a execução do diagnóstico de infestação no bairro Santo Antônio, o militar da reserva Harlan Menezes destacou que o trabalho de prevenção é muito importante para a população. “Na minha família ainda não houve caso de dengue, mas conheço outras pessoas que tiveram a doença. A população precisa ter consciência para evitar que aconteça o pior, não deixando água em camburões ou garrafas nos terrenos”, afirmou Harlan Menezes.

Na terça-feira, 4/2, o diagnóstico irá ter continuidade nos bairros Compensa (II e III), Flores, Cidade de Deus e Colônia Antônio Aleixo, iniciando nos bairros Parque 10, Novo Aleixo e Armando Mendes.

Com informações Eurivânia Galúcio